eduardo francisco

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sou uma pessoa que gosta de esportes, tenho um filho de 13 anos que joga futsal, ja foi campeao mundial no torneio na Suiça. no swissmastersaargau2010. e um irmão que joga baskete cadeira de rodas pela Andef e Seleção brasileira.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

SPORTING BI-CAMPEÃO




O Sporting sagrou-se hoje bi-campeão nacional, num época perfeita a nível interno onde conquistou todos os troféus. Orlando Duarte será a esta hora um treinador feliz com este seu regresso, como treinador de um clube. Este título teve ainda a particularidade de ao invés do ano anterior ser celebrado em casa, perante os seus adeptos e batendo na final o eterno rival por 3 jogos a 0, coisa que talvez nem os mais optimistas Sportinguistas anteviam. A somar a isto o facto de quebrar a histórica tradição, onde o vencedor da fase regular se sagrava sempre campeão. Hoje em prolongamento os leões venceram por 5-4 e tiveram direito a mais de uma hora de festa após a partida.

Nervos, nervos e mais nervos. Os primeiros 20 minutos foram jogados com os nervos à flor da pele e com isso as picardias, insultos, tentativas de agressão e agressões marcaram a primeira metade do terceiro jogo. O Benfica acabou por ser a equipa que melhor viveu com essa situação e por isso também aquela que saiu para o descanso em vantagem. Basta dizer que o primeiro tempo teve 50 minutos de duração, tantas as paragens que foram necessárias para acalmar os ânimos.

Quanto aos momentos em que a bola rolou, a primeira grande situação de finalização nasceu numa boa combinação entre Gonçalo e Diego, com João Benedito a fazer uma notável defesa. No entanto na sequência do lance o Benfica chegou mesmo ao golo, com Joel na primeira vez em que tocou na bola a fazer a recarga vitoriosa que deu vantagem aos visitantes.

O Sporting não desestabilizou e Alex (sempre o mais perigoso elemento do Sporting, neste período) rematou rasteiro para defesa apertada de Vítor Hugo. O Sporting ia em busca de anular a desvantagem e pouco depois uma perda de bola de Davi podia ter tido maiores consequências, mas Divanei não mostrou a rapidez habitual e o lance perdeu-se.

Até que ao minuto 14 apareceu o lance da polémica. Divanei e Bébé começaram uma troca de palavras junto ao banco do Benfica, as cabeças tocaram-se e num lance em que no pavilhão é dificílimo perceber qual o jogador que mais «encostou» a cabeça, o árbitro decidiu-se pela expulsão dos dois.Naturalmente os bancos de ambas equipas entraram em erupção e a discussão durou largos minutos.

O Sporting acabou por ser a equipa com maiores danos, é que Divanei estava em campo no momento dos desentendimentos, assim os leões ficaram com um jogador a menos. O Benfica foi letal nessa situação e em poucos segundos aumentou a vantagem por intermédio de César Paulo. Orlando Duarte pediu o seu minuto para reorganizar a equipa, mas voltou o Benfica a marcar numa excelente transição, novamente concluída por César Paulo.

0-3 favorável aos encarnados, os jogadores do Sporting quase de cabeça perdida e o intervalo a aproximar-se. Depois do equilíbrio dos primeiros 2 jogos da final este parecia estar a fugir por completo aos homens da casa. No entanto um grande golo de Marcelinho veio dar novo ânimo aos homens de Alvalade. A jogada de envolvimento é muito boa, com Leitão a segurar e a servir de sola a entrada de Marcelinho que de bico colocou a bola no ângulo.

Foi, já o dissémos um novo alento para o Sporting, que até ao descanso pressionou muito para reduzir ainda mais o marcador, porém sem sucesso. O segundo tempo começou como terminara o primeiro, o Sporting com uma pressão muito alta a criar muitas dificuldades ao Benfica, que por sua vez tentava explorar o muito espaço que aparecia nas costas do ultimo elemento defensivo dos leões. Diga-se que Joel apareceu mesmo isolado perante Benedito, que voltou a fazer uma grande defesa.

Podia ter sido o 1-4, mas já sabe no desporto e particularmente nestas grandes decisões, falhar este momentos é normalmente letal. O Sporting marcou dois golos em 1 minuto e recolocou a igualdade no marcador. Dois momentos de pura inspiração individual. Primeiro Leitão com Marcelinho a confirmar o golo em cima da linha de golo e depois Alex com um remate cruzado que ainda embateu no poste antes de entrar.

A estabilidade emocional assumia um papel cada vez mais determinante e agora era o Benfica a ter de dar uma resposta à altura da importância que esta partida tinha. Os comandados de Paulo Fernandes conseguiram fazê-lo, não perderam a cabeça, ao verem esfumar-se mais uma vantagem de dois golos e o equilíbrio voltou ao jogo. Aliás pertenceram aos encarnados as melhores situações de finalização nos momentos que se seguiram, com um duelo muito particular entre Joel e Benedito, que o capitão do Sporting conseguiu vencer.

Valeu mesmo aos pupilos de Orlando, nesse período a inspiração do seu capitão. Benedito tapou os caminhos para a sua baliza e assim a partida foi para prolongamento.

No prolongamento o Sporting teve uma grande oportunidade para se colocar em vantagem. Boa triangulação conduzida por Marcelinho e depois Leitão a colocar ao segundo poste onde Deo pareceu atrasado. Mas foi pouco o tempo que os mais de 2.000 adeptos tiveram de esperar para entrar em euforia. É que no minuto seguinte Leitão aproveita um lance, onde ficaram duas faltas por marcar (uma para cada lado), para isolado bater Vitor Hugo e dar a primeira vantagem na partida ao Sporting.

No início da segunda parte do prolongamento Paulo Fernandes fez entrar Diego no 5 para 4, assumindo os riscos dessa situação. a 3 minutos do final Pedro Cary foi o jogador mais lesto a responder um ressalto após remate de Diego. Só que a emoção não tinha acabado e no minuto seguinte um auto-golo de João Matos obrigou os adeptos leoninos a sofrerem até final.

Mas o sofrimento acabou em alegria, com o Sporting a sagrar-se Bi-Campeão nacional.

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